quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pulseiras do sexo



A moda começou na Inglaterra. Como um vírus incontrolável se espalhou pelo mundo. São pulseirinhas de silicone em várias cores, vendidas por camelôs ao preço de R$ 1,50 a dúzia. No pulso de crianças e adolescentes, parecem apenas mais uma moda, uma onda de adereços inocentes. Mas não são. As tais pulseirinhas fazem parte de um jogo sexual, um tipo de código para se permitir experiências sexuais.

Cada cor representa um grau de intimidade entre os que participam do jogo. Funciona mais ou menos assim:
como são de silicone, uns tentam arrebentar as pulseiras dos outros. A pessoa que consegue arrebentar ganha o prêmio referente a cor. Se a cor arrebentada for a amarela, ganha-se um abraço. Amarela é a cor mais leve. Para que sua imaginação funcione, a seqüência de cores segue a seguinte escala: amarelo, rosa, laranja, roxa, verde, vermelha, branca, azul, preta e dourada. Numa ordem crescente, partem do abraço até a relação sexual na cor preta. A cor dourada dá direito a todos os tipos de pornografia e sexo das demais cores.

Significado das cores:

» Amarela – é a melhor porque significa das um abraço no rapaz;
» Laranja – significa uma “dentadinha do amor”;
» Roxa – já dá direito a um beijo com língua;
» Cor-de-rosa – a menina tem de lhe mostrar o peito;
» Vermelha – tem de lhe fazer uma lap dance;
» Azul – fazer sexo oral praticado pela menina;
» Verdes – são as dos chupões no pescoço;
» Preta – significa fazer sexo com o rapaz que arrebentar a pulseira;
» Dourada – fazer todos citados acima;

Vale ressaltar que muitas crianças e adolescentes nem sabem da existência de tal jogo. Usam as pulseiras apenas como aquilo que elas são, pulseiras. No entanto, outros estão usando conscientemente, sabem qual é o significado, gostam e aprovam. Uma mãe de uma garota de 12 anos, ao saber sobre o uso das pulseiras por parte de sua filha, protestou: os pais precisam tomar uma atitude.

Mas será que só os pais precisam tomar uma atitude? Onde foram parar os educadores? Por que as escolas estão infestadas pelas tais pulseiras e poucos estão se incomodando? Alguém sempre se levanta para contestar dizendo que a censura é ruim, mas por que a televisão tem tanta liberdade para informar, - é bom - formar, - também é bom - e deformar? - é péssimo!- Por que pré-adolescentes e adolescentes têm de suportar tanto ataque, assédio, armadilha, sedução e enganação? Consigo respeitar quem gosta da suástica nazista, é a opção ideológica da pessoa. Porém, uma vez que sei o significado do desenho da suástica e tudo o que representa, por mais estética gráfica que tenha o desenho, não o quero para mim como objeto de decoração, de tendência ou de moda.

A pervertida mente humana não cessa de imaginar esquemas degradantes. As tais pulseiras do sexo são apenas mais uma sutileza pensada para destruir jovens em formação, frágeis nas suas emoções e já confusos com tanta oferta de sexo fácil, onde insistentes vozes repetem sem trégua: é normal, é legal, quem manda no seu corpo é você, vamos lá...

Todos irão cair? Certamente que não. Uns usarão por brincadeira? Talvez. Outros usarão somente para compor um visual moderninho? É bem provável. Quem já se conformou a prática do sexo sem limites precisa de pulseirinhas como desculpa? Óbvio que não. Estas perguntas estão aqui apenas para eliminar qualquer desconfiança sobre um viés meramente moralista. O problema reside no que sugere esta moda, e na força como sugere. Afinal, ser atual, moderno e antenado é desejo de 9 entre 10 adolescentes. Portanto, assim como evidentes são as respostas para as perguntas do início deste parágrafo, respostas inversas também podem ser aceitas como naturais, afirmando que muitos, sim, vão cair, brincar e praticar. O que dizer a estes?



Cuidado com a adesão às pulseirinhas. De enfeite moderno para os pulsos as mesmas podem se transformar em algemas. Isso mesmo. Algemas que prendem e imobilizam. Nossa liberdade é muito nobre para ser desprezada com objetos que nos tratam como objetos, pois se meu corpo se transforma em prêmio de um jogo, já não sou nada além de um mísero objeto. E quem quer construir a vida afetiva com um objeto? Pode até ser - e infelizmente é - que muitos queiram brincar irresponsavelmente com, e como, objetos humanos, mas, na hora de construir uma vida a dois, o coração buscará pela segurança de valores eternos: lealdade, respeito, honra, amor.

João 8.32 continua gritando para abandonarmos as propostas de felicidades mentirosas que só escravizam, o conselho de Cristo é: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Aproximar-se de Jesus é aproximar-se da verdade e, ao mesmo tempo, também é "afastar-se de toda aparência do mal". Para os que usam as tais pulseiras, conscientes ou não, não permitam que outros arrebentem as mesmas. Antes, arrebente-as você mesmo e resgate a liberdade do seu corpo. A liberdade de dizer não ao mundo e simultaneamente dizer sim Aquele que tem um plano de vida abundante para você, sem sutilezas ou seduções, apenas com um verdadeiro e eterno amor.

Fonte: Guiame

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